sábado, 26 de janeiro de 2013

SALVE TONINHA - GOLFINHOS AMEAÇADOS DE EXTINÇÃO NA AMÉRICA DO DO SUL

Pesquisador alerta para ameaça de extinção de um dos menores golfinhos do mundo

26/01/2013 
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Cetáceo encontrado na América do Sul, a toninha está em risco de extinção, além de bastante ameaçada pela pesca de emalhe – modalidade feita com as chamadas redes de pesca passivas, nas quais os animais ficam presos em suas malhas devido ao seu próprio movimento. O alerta é do pesquisador do Laboratório de Mamíferos Marinhos da Universidade Federal do Rio Grande (UFRG), Emanuel Carvalho Ferreira.

“A pescaria de emalhe é o que mais afeta e põe em risco esse animal. A toninha é uma espécie costeira que habita águas rasas e, muitas vezes, as áreas de pesca sobrepõem com as de ocorrência da toninha”. O cetáceo é uma das menores espécies de golfinho do mundo e pode ser encontrado em águas de até cerca de 35 metros de profundidade, da costa do Espírito Santo à Argentina. O animal tem coloração parda-marrom, bico comprido e mede entre 1,30 e 1,70 metro.

A pesca de emalhe acaba levando à captura acidental e à morte de quase mil toninhas por ano, somente no Rio Grande do Sul, disse o pesquisador à Agência Brasil. Ele é autor da pesquisa A Mortalidade de Toninhas nas Pescarias de Emalhe na Costa Sul do Rio Grande do Sul. O estudo constatou que, se fosse proibida a pesca em águas consideradas rasas, a área de proteção ambiental poderia diminuir em até 75% a captura desses animais. Ferreira explicou que a pescaria de emalhe vai de 5 a 150 metros de profundidade. “É uma pescaria direcionada para peixes de fundo”.

A pesca de emalhe é denominada passiva porque a rede é deixada na água por algumas horas antes de ser recolhida. “Hoje em dia o problema é com o tamanho das redes”, disse o pesquisador. Até pouco tempo encontravam-se redes com até 35 quilômetros de extensão. “Uma rede com 35 quilômetros de extensão deixada no mar por seis a oito horas, vira uma barreira não só para a toninha, mas para qualquer espécie de vida marinha que pode ser capturada pela pesca”.

Ferreira quer sensibilizar as autoridades governamentais para que delimitem a pesca de emalhe somente para águas profundas e que as redes atinjam o tamanho de 7,5 quilômetros de extensão, fixado como preferencial para essa prática no Plano Nacional para a Conservação da Toninha, elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

No ano passado saiu a regulamentação desse tipo de pesca. A norma estabelece o escalonamento do tamanho das redes. Enquanto na costa do Rio Grande do Sul, as embarcações grandes não podem levar redes com mais de 16 quilômetros, em outros estados, como Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, são permitidas redes com até 18 quilômetros de extensão.

“É preciso diminuir mais”, disse Ferreira. Para ele, o escalonamento é um ponto de partida, embora o ideal, preconizado no Plano Nacional para a Conservação da Toninha, sejam redes com até 7,5 quilômetros. O plano determina que o tamanho das redes diminua de forma gradual ao longo dos anos. Ferreira defende que isso ocorra com urgência, uma vez que essa modalidade de pesca não ameaça somente a toninha.


“Atinge espécies de tartarugas, algumas aves e espécies de tubarões ameaçados de extinção, que se reproduzem em regiões rasas”. É o caso do tubarão-cação anjo, cuja captura comercial já está proibida. Se a pesca for proibida nessas regiões, o pesquisador acredita que o ecossistema marinho será preservado.

Edição: Tereza Barbosa
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domingo, 13 de janeiro de 2013

CHINA EM PERIGO ! - POLUIÇÃO CHEGA A NÍVEL INSUPORTÁVEL PARA O ORGANISMO HUMANO

ALERTA PARA A POPULAÇÃO DE PEQUIM PERMANECER EM CASA

Pequim, 13 jan (Lusa) - A poluição em Pequim, na China, voltou neste domingo (13) a atingir níveis perigosos pelo terceiro dia consecutivo. As autoridades locais aconselharam a população a ficar em casa e evitar exercícios físicos cansativos.

A densidade de partículas de 2,5 microns de diâmetro na atmosfera chegou aos 993 microgramas por metro cúbico no sábado à noite, segundo medições feitas pelos Serviços Ambientais do governo municipal, disse a agência de notícias oficial chinesa, Xinhua. Pelos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS), essas finas partículas, que são suscetíveis de penetrar profundamente nos pulmões, não deverão ultrapassar os 25 microgramas por metro cúbico.

Os índices de poluição registrados este fim de semana foram os mais elevados desde que Pequim passou a divulgar esses dados, há cerca de um ano, salientou um jornal de Hong Kong.

"Estes números indicam uma poluição extremamente má. Agentes poluentes foram acumulando-se durante os dias sem vento, tornando a qualidade do ar ainda pior", disse Zhu Tong, professor da faculdade de Ciências Ambientais e Engenharia da Beida (Universidade de Pequim), citado pela Xinhua.

Previsões oficiais indicam que a poluição em Pequim deve se manter até a próxima quarta-feira.

O munícipio de Pequim tem cerca de 20 milhões de habitantes e mais de cinco milhões de veículos.

Por: Agência Lusa
http://www.ebc.com.br/noticias/internacional/2013/01/poluicao-em-pequim-atinge-nivel-perigoso

sábado, 12 de janeiro de 2013

CHAPADA DIAMANTINA - INCÊNDIO DE GRANDES PROPORÇÕES NO PARQUE NACIONAL

O incêndio teve início na segunda-feira, e só hoje o PREVFOGO chegou ao local para auxiliar a brigada do parque ?

Prevfogo, do Ibama, começa a combater incêndio na Chapada da Diamantina
12/01/2013
Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Centro de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) começa a atuar hoje (12) no combate ao incêndio no Parque Nacional Chapada Diamantina, na Bahia. O fogo teve início na região nesta segunda-feira (7) e já atinge uma área de mil hectares. A causa é uma das secas mais severas já registradas no local.

Além de equipe de técnicos do Prevfogo, o Ibama disponibilizou um helicóptero que ajudará no acesso às áreas atingidas. A situação, segundo o chefe substituto do Parque Nacional Chapada Diamantina, Cezar Gonçalves, responsável pela administração do parque neste sábado (12), é preocupante. Cerca de 60 brigadistas atuam, com revezamento de equipe, 24 horas por dia, desde o início do fogo. Segundo Gonçalves, o fogo está próximo à serra, em local de difícil acesso. A equipe utiliza helicópteros para acessar e desembarcar. O combate tem sido feito por terra.

"As chuvas têm sido abaixo da média desde agosto de 2011, portanto, já estamos há mais de um ano com problemas graves de incêndios. O maior foi de uma área de 9 mil hectares na região de Mucugê, próxima ao parque", disse Gonçalves. Segundo ele, o tempo agora está nublado, mas que não deve chover. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há previsão de chuvas no local até a próxima semana.

Atuam no parque, além do Ibama, o Corpo de Bombeiros da Bahia, o Instituto Chico Mendes (ICMBio), a Cema - Consultoria Especializada na Área Ambiental e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) do estado da Bahia. Outras brigadas voluntárias também estão no local, como a brigada do Vale do Capão, região próxima também atingida pelo fogo.

O Parque Nacional Chapada Diamantina recebe cerca de 16 mil visitantes por ano. Apesar do incêndio, as visitas ainda estão permitidas. A trilha percorrida pelos turistas estaria distante da área atingida. No entanto, a administração do parque recomenda cuidados. Os turistas devem procurar associações ou guias autorizados nas cidades próximas e não devem entrar desacompanhados ou se afastar da trilha determinada.

Edição: Fernando Fraga

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