terça-feira, 7 de maio de 2013

MEIO-AMBIENTE - VAZAMENTO DE ÓLEO ATINGE O RIO PARAÍBA DO SUL E AMEAÇA ABASTECIMENTO DO RIO DE JANEIRO


No mínimo é preciso questionar as condições de segurança do referido oleoduto, no que tange a evitar ações criminosas com estas características, que resultam em grande prejuízo e risco para a natureza e a população.

Municípios suspendem captação de água do Paraíba do Sul devido a vazamento de óleo diesel
07/05/2013 - 10h04
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Dois municípios do sul fluminense já cortaram a captação de água, devido ao óleo que vazou domingo (5) de um oleoduto da Transpetro em São José do Barreiro (SP): Porto Real e Barra Mansa. Segundo a presidenta do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea), Marilene Ramos, a mancha de óleo já chegou a Volta Redonda.

Segundo a Transpetro, o vazamento ocorreu durante uma tentativa de roubo de óleo diesel das tubulações da empresa, subsidiária da estatal Petrobras. O óleo chegou ao Rio de Janeiro por meio do Rio Sesmaria e, depois, alcançou o Rio Paraíba do Sul, que corta o estado de sul a norte, cruzando vários municípios.

“A mancha está na altura de Floriano [em Barra Mansa]. Alguma coisa já chegou a Volta Redonda, mas muito diluída. Vamos continuar monitorando ao longo do dia, para avaliar a necessidade de suspender captações de água, inclusive em Santa Cecília, em Barra do Piraí [canal que liga o Rio Paraíba do Sul ao Sistema Guandu, que abastece de água o Grande Rio]”, disse Marilene Ramos.

Segundo ele, técnicos do Inea vão fazer um sobrevoo na região para avaliar melhor a situação da mancha de óleo. De acordo com a Transpetro, o vazamento foi provocado por criminosos que abriram uma válvula do oleoduto para roubar combustível e a deixaram aberta, permitindo o vazamento para o Rio Formoso.

A Transpetro informou que detectou o vazamento ainda no domingo e registrou a ocorrência na delegacia policial local. A empresa informou que se mobilizou para reduzir os impactos do vazamento. 

Edição: Juliana Andrade

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segunda-feira, 6 de maio de 2013

BRASIL - CRIME AMBIENTAL E CONTRA A HUMANIDADE - DESTRUIÇÃO DA AMAZÔNIA ALCANÇA 175 KM2 EM DOIS MESES


Ainda que esses números signifiquem uma redução à metade do que foi destruído no ano passado, na comparação com os dois meses, é ABSURDO, INACEITÁVEL que essa destruição prossiga de forma tão avassaladora.

Carolina Gonçalves Agência Brasil
Brasília - O desmatamento e a degradação de florestas na Amazônia atingiram uma área de quase 175 quilômetros quadrados (km2) nos meses de março e abril deste ano. O levantamento de alertas foi divulgado hoje (6) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real, conhecido como Deter. No mesmo período de 2012, o sistema detectou desmatamento de 292 km2 – quase o dobro da área identificada este ano.

Mato Grosso continua liderando o ranking da derrubada de árvores na região, com 83,57 km2 de devastação nos dois meses analisados - respondendo por 47% do total. 

Pelas informações do órgão, as áreas de alerta nos estados do Acre, do Amazonas, de Mato Grosso, do Pará, de Rondônia, de Roraima e de Tocantins foram identificadas mesmo com uma cobertura de nuvens em quase 50% do território investigado no período. Entre novembro e abril, período em que as chuvas são mais constantes na Amazônia, as imagens ficam relativamente comprometidas. Essa é a justificativa utilizada pelo Inpe para não comparar resultados entre diferentes meses.

Os técnicos do instituto afirmam que a limitação meteorológica e a resolução relativa de captação de imagens - de 250 metros, permitindo captar apenas áreas maiores que 25 hectares -, são compensadas pela frequência de informações repassadas aos órgãos de fiscalização, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“A menor resolução dos sensores usados pelo Deter é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos”, destacou em nota a assessoria do Inpe.

As imagens captadas pelos satélites utilizados pelo instituto permitem a visualização de áreas de corte raso, quando há a retirada completa da floresta nativa em uma área, e de evidências de degradação pela extração de madeira ou incêndios florestais, que tipificam o processo de desmatamento na região.

O presidente do Ibama, Volney Zanardi Junior, vai detalhar ainda hoje (6) os dados divulgados pelo Inpe. A principal preocupação das autoridades responsáveis pelo combate aos crimes ambientais na região é explicar à população que nem todo alerta é uma comprovação de que há desmatamento.

Nos últimos balanços divulgados, o governo vem destacando um esforço para integrar informações nacionais e estaduais. A derrubada de árvores em determinadas áreas pode ter a licença dos órgãos ambientais locais, o que deixaria de configurar crime.



Edição: Lílian Beraldo