quinta-feira, 31 de outubro de 2013

BRASILEIRA ANA PAULA MACIEL - ATIVISTA DO GREENPEACE É ACUSADA DE VANDALISMO NA RÚSSIA

O MUNDO TODO PEDE - SOLTEM ANA PAULA E O DEMAIS ATIVISTAS




Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A brasileira ativista do Greenpeace Ana Paula Maciel, 31 anos foi oficialmente comunicada hoje (31) pela Justiça russa da acusação de vandalismo pelos atos de protesto dos quais participou em uma plataforma petrolífera no país. A ativista está detida na Rússia há cerca de dois meses. A audiência para comunicar a acusação era para ter ocorrido ontem (30), mas houve um adiamento. Ainda não há informação sobre quais ações serão tomadas pelos advogados de defesa.

Na semana passada, a Justiça da Rússia informou que as acusações aos ativistas seriam amenizadas - de pirataria para vandalismo. O ato, porém, não havia sido oficializado. Os 30 ativistas envolvidos estão sendo convocados, um a um, para serem comunicados sobre a nova acusação.

De acordo com a legislação da Rússia, a alteração significa redução das penas que poderão ser aplicadas, se eles forem condenados. No caso de vandalismo, a pena pode chegar a sete anos de reclusão. Se fossem acusados e condenados por pirataria, poderiam pegar até 15 anos de prisão. O Greenpeace, que tem participado da defesa dos ativistas, rechaçou as novas acusações e informou que irá recorrer.

Segundo a organização, a oficialização da acusação de vandalismo não retira automaticamente a acusação de pirataria. Espera-se que, em breve, a Justiça russa oficialize, também, a retirada dessa acusação. Na semana passada, o pedido de fiança de Ana Paula Maciel, assim como dos outros detidos, foi negado pela Justiça do país.

Os ativistas do Greenpeace foram detidos no Ártico quando faziam um protesto em um barco de bandeira holandesa, em águas internacionais. Todos os participantes do movimento tiveram prisão preventiva decretada até 24 de novembro. Quando o prazo expirar, nova prisão preventiva poderá ser decretada, os detidos poderão ser soltos para responder o processo em liberdade ou o caso poderá ser julgado até a data.



Edição: Carolina Pimentel

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domingo, 6 de outubro de 2013

MUDANÇAS CLIMÁTICAS AFETAM DE FORMA BRUTAL A SAÚDE FÍSICA E PSICOLÓGICA DAS PESSOAS


É bom mesmo que o governo se preocupe e tome iniciativa no tocante ao clima e aos eventos como seca de um lado e tempestades e inundações de outro, além da deteriorização do AR, pela poluição cada vez mais intensa. Boa prática seria a de investir nas energias alternativas para os transportes públicos. Um trabalho em âmbito nacional de dragagem de rios e liberação de suas margens poderia evitar muita tragédia. Oferecer de forma gratuita uma maior variedade de vacinas ajuda, e investir em saneamento é fundamental.

Trabalhar muito para conscientizar a população, no sentido de que todos assumam suas responsabilidades e façam a parte que lhes cabe. No curto e médio prazo é possível apenas reduzir os efeitos das alterações que já estão ocorrendo, mas, é preciso fazer algo e agora, enquanto ainda temos tempo e possibilidade de evitar o pior. 


Impacto das mudanças climáticas na saúde da população preocupa governo brasileiro
06/10/2013
Vitor Abdala - 
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – As mudanças climáticas deverão provocar aumento do nível dos mares e da intensidade de eventos extremos, como secas e tempestades em todo o mundo. A previsão foi confirmada pelo último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), em 27 de setembro. Diante de um cenário de incertezas em relação ao futuro do planeta, o governo brasileiro se prepara para reduzir os efeitos colaterais do clima na saúde da população.

O tema já havia sido tratado na primeira versão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, de 2008, mas ganhou destaque ainda maior nos últimos anos. Em junho, foi lançado o Plano Setorial de Saúde para Mitigação e Adaptação para a Mudança do Clima. O plano setorial integra a versão preliminar do novo Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que abriu para consulta pública na internet no dia 1º de outubro.

De acordo com o governo brasileiro, espera-se que as mudanças no clima tenham impactos diretos (como no caso dos desastres naturais), indiretos (devido à mudança na qualidade da água, do ar e dos alimentos) e também por meio de perturbações sociais e econômicas.


“A questão é como preparar o sistema de saúde para esses eventos. Dentro do sistema que já existe, temos que começar a prepará-lo para isso. Pelo que os relatórios apontam, haverá chuvas muito fortes e secas muito fortes no país”, disse o secretário nacional de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MME), Carlos Klink.

Entre as preocupações do governo brasileiro, estão as doenças transmitidas por vetores como a dengue, amalária, a febre amarela e a leishmaniose, ou por água e alimentos contaminados, como diarreias agudas, leptospirose e toxoplasmose.

Acredita-se que alterações climáticas, como intensas ondas de calor, tenham impacto também sobre doenças crônicas não transmissíveis, como males cardiovasculares e respiratórios. Há ainda o agravante de se unir as mudanças no clima com a poluição atmosférica (que é um dos principais fatores de aceleração do aquecimento global).

Há também a preocupação com os riscos de escassez de águas e alimentos e de transtornos psicológicos como o estresse provocado pelos eventos climáticos extremos. Entre as metas do governo estão ampliar a cobertura vacinal da população, a vigilância sobre as doenças crônicas e a análise da qualidade da água, além de reduzir a incidência de doenças provocadas por vetores.

Edição: Fernando Fraga
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